Um porto. A chegada

A estrada, o caminhar.

Entre a estrada e o porto, a vida.



domingo, 28 de fevereiro de 2010

Momentos possíveis

Vi o filme uma vez. Nada muito filosófico, mas fica a idéia: O que seria se... Somos o que escolhemos ser. Só não estamos preparados para os revezes daquilo que escolhemos. Na verdade, como no filme, gostaria das possibilidades. Vivê-las todas, como na função desfazer do computador. Se errou, se não gostou do resultado... um clic e tudo está de volta ao ponto de partida, pronto para seguir outro caminho.
Um dia, quatro anos atras, estava parado no centro do quarto e tomei uma decisão. Uma semana depois estava amargando a decisão tomada. Ainda estou amargando, quatro anos depois, a decisão tomada.
Aos filósofos de plantão fica as velhas máximas... "aprendemos com nossos erros".
Eu diria que nos fudemos com nossos erros.
Somos humanos e errar é humano, os animais e outros seres não erram exatamente porque fazem tudo da mesma maneira programada sempre. A nós, humanos, é que foi dada a maldição do livre arbítrio, e ainda vã gloriamos a multiplicidade de escolhas sendo que no final todos seguem o mesmo caminho, escolhendo as mesmas coisas.
Mas, voltando ao erro no centro do quarto... ele não me fez pessimista, como parece. Me fez só, no sentido litaral da palavra. Um cara sozinho no meio de um monte de gente sozinha que fica as noites (sozinhas) escrevendo palavras solitárias que serão jogadas como mensagens em garrafas que, se não se chocarem em algum coral... pode ser lida por outra pessoa sozinha.
Os erros continuarão a se suceder, errar tão feio não só não me deixou pessimista quanto, de forma estranha, me tornou um esperansoço de carteirinha (e agora estou filosofando) vendo a vida de uma forma melhor, atento às oportunidades na esperança de não perder o bonde e ficar para traz.
É, se aprende com os erros, mas sim, eles nos seguem para o resto da vida, o que é um saco.